Além do reajuste de 5,83% conquistado pelo conjunto do funcionalismo, docentes terão mais 3%, fruto da pressão da greve de 2024
As servidoras e os servidores estaduais do Ceará concluíram, na última sexta-feira (21), negociação com o governo do estado e, após três rodadas de reunião e muita pressão, conseguiram garantir um reajuste de 5,83%, sendo 4,83% referente à inflação do período e retroativo à data-base 1º de janeiro, e 1% pago no salário de setembro. As negociações foram conduzidas pelo Fórum Unificado de Associações e Sindicatos de Servidores Públicos Estaduais do Ceará (Fuaspesc), do qual fazem parte as seções sindicais do ANDES-SN das três universidades do estado – Estadual do Ceará (Uece), Regional do Cariri (Urca) e Estadual do Vale do Acaraú (UVA).

“Nós passamos o mês de fevereiro em negociação diretamente com o governador Elmano, com três rodadas de negociação. E, na última delas, a gente conseguiu que ele desse a reposição inflacionária anual atendendo a nossa data-base, que é 1º de janeiro. Então, essa reposição vai retroagir a 1º de janeiro. E, além dessa reposição, a gente conseguiu mais 1% a partir do salário de setembro, que recebe em outubro”, detalhou Nilson Cardoso, tesoureiro do Sindicato de Docentes da Uece (Sinduece Seção Sindical do ANDES-SN) e representante do Fuaspec.
O docente explicou que além do reajuste garantido pelo Fuaspec, as professoras e os professores do Ceará terão ainda outros 3%, aplicados aos salários de março, pagos em abril, fruto das negociações resultantes da greve da categoria no ano passado. “Em 2024, a gente entrou em greve e uma das conquistas da greve foi o estabelecimento de uma mesa específica para discutir a pauta salarial dos professores e professoras das universidades estaduais do Ceará. O que a gente observou é que havia uma defasagem em relação ao nosso salário base e o salário base dos professores e professoras da educação básica. Então, nós tomamos isso como referência para poder fazer negociação com o governo do estado. Essa negociação não avançou a contento ainda”, contou.
De acordo com o dirigente, nessa discussão de valorização dos professores e das professoras do ensino superior, buscando a equiparação entre o ensino superior e a educação básica, ainda em dezembro do ano passado, houve acordo com o governo para o reajuste de 3%, sobre o salário de março de 2025. E de que esse percentual não seria subtraído da reposição linear feita a todos os servidores e as servidoras estaduais.
“Então, ao final desse processo, os professores e as professoras das universidades estaduais do Ceará terão um incremento, em relação ao ano de 2024, de 9% em seus salários. A negociação sobre a valorização e a melhoria salarial ainda está em pauta. Nós teremos novas rodadas de negociação específicas com os e as docentes das estaduais, ainda nesse ano, prevendo melhorias e outras condições, que ainda não foram atendidas durante a greve”, acrescentou Nilson Cardoso.
Fonte: ANDES-SN