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Seminário do ANDES-SN discutiu COP 30 e impactos do Capital no meio ambiente e na vida das populações

Geopolítica global, impactos da mineração, transição energética e outros grandes projetos do capital no meio ambiente e na vida das populações ribeirinhas, indígenas, quilombolas foram algumas das temáticas tratadas no Seminário do ANDES-SN sobre a COP 30. Os painéis também abordaram as perspectivas de atuação do movimento sindical e da luta dos professores e das professoras no contexto de realização da COP 30, prevista para ocorrer na capital paraense em novembro de 2025.



O Seminário teve como tema central “A [re]existência a partir da Amazônia: diálogos, desafios e lutas!”, e foi realizado entre os dias 4 e 6 de setembro, na Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém (PA). A atividade contou com mais de 100 participantes, entre representantes das seções sindicais e da diretoria do ANDES-SN, e também de movimentos sociais, entidades sindicais, além de estudantes da UFPA. 


No primeiro dia (4), Aluísio Lins Leal e Sônia Magalhães, ambos docentes da UFPA, contribuíram para um debate mais amplo sobre meio ambiente, globalização, geopolítica e Pan-Amazônia. Já no segundo dia (5), a primeira mesa, composta por docentes, debateu qual o papel do movimento docente na discussão que está colocada sobre a COP 30. Na sequência, um painel com lideranças dos movimentos sociais, quilombolas e indígenas trouxe a experiência dessas populações na luta contra os grandes projetos do capitalismo predatório. 

O evento prestou, ainda, homenagem à guerreira Tuíre Kayapó, liderança indígena ícone da resistência contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira (PA). Ela faleceu no último dia 10 de agosto. “Tuíre Kayapó, presente!”, clamaram as e os participantes, após a exibição de um vídeo em homenagem à liderança.


Na sexta-feira (6), foram realizadas as atividades do Encontro das Regionais Norte 1 e Norte 2 e da reunião do Grupo de Trabalho de Política Agrária, Urbana e Ambiental (GTPAUA), que ocorreram de forma conjunta com o encontro.


Para Kathiuça Bertollo, docente da UFOP e integrante do GTPAUA, "o Seminário, que teve como ênfase uma reflexão crítica sobre a COP 30 que acontecerá no próximo ano em Belém-PA trouxe discussões amplas sobre a questão ambiental e a ofensiva do capital sobre os povos indígenas, quilombolas e tradicionais. Contou com a participação de pesquisadores/as mas também com forte presença e contribuição de movimentos sociais que expuseram a perspectiva de suas lutas e enfrentamentos cotidianos em defesa da natureza, do acesso à agua, em defesa da reforma agrária e o direito à terra, por um novo modelo de mineração, dentre outras pautas. Para a ADUFOP, seção sindical localizada no território em que ocorreu o maior crime socioambiental do país (rompimento/crime da barragem de Fundão), cabe se apropriar desses debates para potencializar as lutas travadas em articulação com demais sujeitos coletivos na região. Colocar a luta sindical docente a serviço da defesa da natureza e da vida é um dos desafios urgentes que este tempo de barbáries generalizadas, inclusive a climática, requer.".




"O Seminário cumpriu não só o papel esperado e lançado pelo 66º Conad, como também proporcionou relevantes debates no âmbito do GTPAUA, que acumulou a importância do ANDES-SN se somar a iniciativas que hoje se organizam para intervir na denúncia dos limites da agenda do capital para a questão ecológica - como a Cúpula dos Povos -, disputando-os no sentido de desmascaramento do engodo expresso na agenda das COPs", avaliou Gustavo Seferian, presidente do ANDES-SN e da coordenação do GTPAUA.


Confira a cobertura fotográfica no Facebook do ANDES-SN. Clique aqui.


Fonte: ANDES-SN * Com informações da Adua SSind. Com acrescimentos ADUFOP - Fotos: Rodrigo Lima

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