top of page

Que façamos deste mais um semestre de lutas e conquistas




Que façamos deste mais um semestre de lutas e conquistas


Essa semana iniciamos mais um semestre letivo. A diretoria da ADUFOP dá boas-vindas à toda a comunidade universitária, em especial às/aos docentes, evidenciando que, mais do que nunca, necessitamos fortalecer a nossa organização e ampliar as nossas lutas!


Já estamos no terceiro ano consecutivo de reposição dos semestres do período inicial da pandemia. O desgaste é evidente, fruto do terceiro semestre apertado em um mesmo ano e dos consequentes recessos acadêmicos enxutos, do aumento das demandas laborais, da falta de trabalhadoras/es, das requisições do produtivismo acadêmico e do estranhamento que contamina todas as atividades laborais pós pandemia, não sendo diferente para a docência e o desenvolvimento de pesquisas.


Há uma profunda onda de descontentamento na sociedade atual, advinda especialmente do capitalismo. A lógica concorrencial nos afasta dos interesses e da organização coletiva, inoculando em nós trabalhadores o individualismo e a resiliência desmobilizadora (que para alguns é considerado virtude!). Como a universidade não é uma ilha isolada dessas determinações mercantis, sentimos cada vez mais os impactos deste processo no adoecimento físico e mental provocado por essa alienação, pela crescente perda de controle dos processos de trabalho e da vida para além do trabalho.


Para tanto, se faz necessário resgatar o princípio da reflexão coletiva, materializada na organização de todas as categorias sociais desta universidade. Precisamos estar atentos neste processo, ainda que as exigências laborais do ensino, da pesquisa, da extensão e das cada vez mais crescentes demandas administrativas, nos sufoquem e interditem cada vez mais a nossa organização.


Neste semestre teremos muitos desafios: continuar a luta pelo reconhecimento e reajuste salarial, assim como outros benefícios e auxílios que estão muito defasados; exigir a contratação de trabalhadoras/es nas diferentes funções, seja na docência, seja nas atividades administrativas; ampliar o direito ao acesso e permanência estudantil, compreendendo os limites do atual patamar dessas políticas; reivindicar a reposição orçamentária que permita maiores condições para a pesquisa e a extensão; e, é claro, relacionar as lutas particulares de nossa categoria com as lutas gerais da classe trabalhadora, exigindo trabalho decente e maior alcance de todas as políticas sociais, assim como o combate contra as opressões que afetam a nossa sociedade: destacando aqui o machismo, a misoginia, o racismo, o capacitismo e a xenofobia.


Somente a luta coletiva alcança o reconhecimento e a ampliação de nossos direitos, somente ela permite o reencontro autoconsciente e livre de nossas atividades! Sigamos juntos, de mãos dadas!

bottom of page