Na semana de realização do 27º Grito das/os Excluídas/os, com o tema Na luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda, já!, e também da realização de diversos atos antidemocráticos pró-bolsonaristas, os movimentos “Movimento Brasil Livre” e “Vem pra rua” chamaram para o dia 12 de setembro uma manifestação nacional pela impeachment do presidente Jair Bolsonaro, com apoio de parlamentares da direita não bolsonarista (veja a matéria - https://mla.bs/2482f0a8 ).
Tendo a compreensão de que esses movimentos (MBL e Vem pra rua), ainda que não marcadamente alinhados com a figura de Bolsonaro, não representam o interesses da classe trabalhadora ao se associar à pressão por impeachment, a diretoria nacional do ANDES-SN registra a sua não participação e, com isso, a não convocação das suas Seções Sindicais e suas bases para o dia 12 de setembro.
Entendemos como central a construção de unidade para a derrocada deste governo genocida, antidemocrático. Realizamos esta construção nacionalmente e em cada região das nossas 124 Seções Sindicais na reocupação das ruas, nas ações de solidariedade de classe, na defesa dos serviços públicos e das Instituições Púbicas de Ensino e Pesquisa, alinhando-nos com as lutas antirracistas, antimachistas, antilgbtfóbicas, anticapacistas, antixenófobas.
Ressalta-se que o ANDES-SN e suas seções sindicais têm estado ativamente na Campanha Nacional Fora Bolsonaro, grande polo de unidade, construindo e participando das manifestações de rua e virtuais.
Entendemos que a construção possível de unidade para a derrota deste governo deve se pautar pelo grande campo progressista e pelos movimentos, instituições e atores sociais que, desde o processo eleitoral de 2018, demonstraram o não alinhamento à política de ódio e lógica bolsonarista. Temos a compreensão de que a queda de Bolsonaro nesta conjuntura será central para a vida da classe trabalhadora, mas que a luta não deva ser confundida e muito menos conduzida pelo mesmo campo que o colocou no poder.
Assim, convocamos todas as Seções Sindicais e docentes da nossa base a centrarem esforços na construção das mobilizações do dia 14 de setembro, dia em que está agendado o retorno para a pauta no Câmara das/os deputadas/os da proposta de emenda constitucional 32, a chamada Reforma Administrativa. Em defesa dos serviços públicos, dos direitos sociais, do SUS, das instituições públicas de ensino e pesquisa, nossa próxima data de luta é o dia 14 de setembro!
Vamos às ruas, em unidade contra a PEC 32!