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NOTA ADUFOP - DIA NACIONAL DE LUTAS - 10/07/2020



Vivenciamos um contexto de crise do capital que se agrava a cada dia através das ofensivas sobre os trabalhadores e trabalhadoras do mundo todo. No Brasil este contexto não é diferente. A pobreza e a miséria se exponenciam, sendo o resultado do desemprego, da falta de acesso à educação, saúde, segurança, saneamento básico, dentre outros direitos sociais.

Esse contexto piora e se agrava em muito com a situação da pandemia da COVID-19 que já contaminou de cerca de 12 milhões de pessoas ao redor do mundo e tirou a vida de cerca de 600 mil. No Brasil, segundo colocado no ranking de contaminação mundial, perdendo apenas para os EUA, já soma, no dia 09 de julho de 2020, um total de 1.716.196 contaminados e 68.055 mortes.

O que temos visto é um contexto de negacionismo e um despreparo técnico e político-interventivo por parte do governo de Bolsonaro e dos governos estaduais. Estamos prestes a completar 2 meses sem um ministro de saúde. Em Minas Gerais é evidente que o governo Zema segue a cartilha do governo federal, o que resulta em ações ineficientes no combate à pandemia e resulta no acelerado número de contaminações e mortes, além dos casos de subnotificação por falta de testagem em massa.

Nos municípios a realidade não é diferente. No caso dos municípios mineradores, a situação se agrava ainda mais. A mineração não parou e coloca em risco a vida de milhares de trabalhadores e trabalhadoras, além de seus familiares e a comunidade em geral. É importante considerar que a maioria destes são municípios de pequeno e médio porte e que não possuem uma rede de atendimento estruturada de forma ampla e que em caso de um pico da curva não se teria condições de prestar os atendimentos necessários à garantia da vida da população, seria necessário recorrer à capital, Belo Horizonte, cidade que está com quase totalidade de leitos de UTI ocupados.

Diante desse cenário desolador e de fortes ataques à classe trabalhadora brasileira, várias entidades, centrais sindicais, partidos, movimentos sociais e organizações da sociedade civil chamam a população para a construção de uma ação unificada pelo “Fora Bolsonaro e Mourão”. Assim, foi definido o dia 10 de julho como um Dia Nacional de Lutas. No dia 11 de julho foi definida a realização on-line de uma Plenária Nacional Popular pelo Fora Bolsonaro e Mourão. E no dia 12 de julho serão convocadas novas manifestações de rua em defesa das liberdades democráticas, contra o racismo e pelo Fora Bolsonaro e Mourão.

A ADUFOP se posiciona favorável a este chamado coletivo e endossa as pautas e reivindicações apresentadas pelo conjunto das entidades e organizações. Ressalta e denuncia, no campo específico de sua atuação – O âmbito da educação superior pública, de defesa dos direitos da categoria docente e de um projeto democrático, público e inclusivo de educação – que no governo Bolsonaro, três pessoas já ocuparam o cargo de ministro da educação, cada gestão foi pior que a anterior, no momento o nome de quem ocupará a pasta nem sequer foi definido. Estamos à mercê de um governo negacionista e que propaga e desenvolve fortes ataques à educação e aos funcionários públicos da área.

Fomos chamados de parasitas! Afirmaram que nas universidades públicas só se faz balbúrdia! Intentam privatizar e entregar o histórico direito social da educação ao capital por meio do Future-se, projeto que foi encaminhado para a aprovação do Congresso em meio a este tempo tão adverso da Pandemia. Não capazes de estruturar adequadamente o sistema de ensino público frente a maior crise sanitária dos último tempos, impuseram, em todos os seus âmbitos da formação, educação básica, fundamental, ensino médio e superior, a proposta de ensino remoto às unidades de ensino.

Explicitamos que esta medida, que nada mais é do que um arremedo de EAD, é uma ação que fortemente precariza a educação pública e a atuação docente, pois nega condições adequadas para o desenvolvimento das atividades tanto para os e as discentes como para os e as docentes. Situação que se agrava no caso das mulheres discentes e docentes, considerando o pilar machista de sustentação da sociedade burguesa em que vivemos. Não podemos aceitar esta como a única saída possível no momento. Isso é curvar-se a um governo genocida, negacionista e privatista. Agora é o momento de a Universidade demonstrar sua função social, superar o sexismo institucional, contribuir para o enfrentamento da pandemia, divulgar o pensamento crítico e de defesa dos direitos sociais e trabalhistas.

Por estes motivos a ADUFOP reafirma:

“Fora Bolsonaro e Mourão, já!”

“As vidas valem mais que o lucro!”

“Pelas liberdades Democráticas!”

“Por uma educação pública, presencial e inclusiva!”

“A mineração não é essencial, salvar vidas sim!”

“Em defesa dos direitos sociais e trabalhistas!”


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