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Docentes vão às ruas no 7 setembro em mais um ato pelo Fora Bolsonaro


Ato em Brasília

Em todo o país, docentes se juntaram a outras categorias de trabalhadoras e trabalhadores, estudantes, militantes de vários movimentos sociais, sindicais e populares em mais um ato pelo Fora Bolsonaro. Os atos realizados nesse 7 de setembro foram incorporados ao 27º Grito dos Excluídos e das Excluídas, realizado há 27 anos nessa data para fazer um contraponto à comemoração oficial do dia da Declaração de Independência do Brasil e marcar um dia de resistência e luta por um país mais justo e igualitário. Nesse ano, o Grito teve como mote “Vida em primeiro lugar! Na luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda, já!”.


Ouro Preto e Mariana

Em Ouro Preto, o Ato Fora Bolsonaro, teve início às 8h, na Praça Tiradentes. O local escolhido, além de ser tradicionalmente usado para os desfiles de 7 de setembro, também está o Acampamento Fora Saneouro, que ocupa a Praça há mais de 45 dias contra a privatização da água no município. Antes do início da manifestação, às 6h, houve um café da manhã para os membros do Acampamento. Foram feitas falas contra a Reforma Administrativa, a política genocida do Governo Federal, o marco temporal, as privatizações — em especial do sistema de água e esgoto da cidade, contra a mineração predatória. Reivindicaram também um auxílio emergencial digno e por vacinas e empregos para todas e todos.


Fotos: Larissa Lana/ADUFOP

Em Mariana, o ato teve início às 9h, no Centro de Convenções.

Fotos: Divulgação

Atos Nacionais

Além de pedirem o Fora Bolsonaro e Mourão, os atos cobraram “Vacina no Braço e Comida no prato” e também lembraram os mais de 580 mil brasileiros e brasileiras mortos pela Covid-19, pela gestão negligente do governo federal desde o início da pandemia. Mais de 80 cidades registaram manifestações em defesa da vida, contra a carestia e a situação de miséria que atingem a população, contra o desmonte dos serviços públicos e a destruição dos direitos sociais. Os e as manifestantes também se posicionaram contra a privatização da Eletrobras, dos Correios e as demais empresas públicas, e em defesa da soberania nacional.


Manifestação em Vitória da Conquista (BA). Foto: Halanna Andrade/Adusb SSind.

Em vários lugares do Brasil, além dos protestos houve arrecadação e doação de alimentos à população atingida pela fome. Em Brasília (DF), o ato ocorreu na Torre da TV, com cerca de 5 mil pessoas. As doações foram direcionadas ao Acampamento da 2ª Marcha das Mulheres Indígenas, que acontece na capital do país de 7 a 11 de setembro. Rivânia Moura, presidenta do ANDES-SN, e várias outras diretoras e diretores do Sindicato Nacional participaram da atividade na capital federal.


Ato em Brasília (DF).

Pela manhã, o ANDES-SN realizou uma transmissão ao vivo, conduzida pela diretora do ANDES-SN Zuleide Queiroz e pelo diretor Osvaldo Coggiola, com análises políticas e participação de representantes de várias seções sindicais diretamente dos atos em suas cidades. A Professora Joana Amaral, secretaria da ADUFOP, participou da transmissão. Assista:


Segundo Rivânia Moura, o Sindicato Nacional constrói essa história e essa luta porque entende a importância da organização política e da unidade. Ela ressaltou a relevância do Grito das Excluídas e dos Excluídos ter agregado também o grito pelo Fora Bolsonaro. “Entendemos que a política desse governo é uma política de morte, que levou à miséria e à fome mais de 20 milhões de pessoas em nosso país. É uma política de desmonte dos serviços públicos, de destruição do papel do Estado em atender às necessidades dos trabalhadores e das trabalhadoras. Não é pouca coisa o que está em jogo com a PEC 32, que destrói a saúde, a educação, a assistência social e a segurança pública. Isso tem impacto na vida de todos os brasileiros e as brasileiras”, explicou.

Ato em Belém (PA). Foto: Adufpa SSind.

Apesar das ameaças de grupos de apoio ao presidente Jair Bolsonaro ao longo da semana, nas redes sociais, de que os movimentos deveriam recuar no ato contra Bolsonaro, pois as ruas seriam ocupadas por apoiadores do governo. Alguns movimentos chegaram a avaliar a suspensão dos atos, pressionados inclusive por governos como o do estado de São Paulo, que chegou a proibir a realização do 27º Grito dos Excluídos no dia 7. O ato foi realizado e reuniu cerca de 50 mil pessoas no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo, segundo os organizadores.


Sobre essa preocupação em ocupar as ruas, Rivânia ressalta que o ANDES-SN tem o compromisso com a classe trabalhadora, com as suas lutas e por isso entendeu que era fundamental convocar a categoria para ir às ruas nesse 7 de setembro.


Docentes em protesto em Manaus. Foto: Adua SSind.

“O ANDES-SN convocou a categoria para às ruas, pois entendemos que esse é o nosso lugar, o lugar de construção da história. É o lugar em que vamos estar e permanecer, contra qualquer ataque aos direitos e qualquer ataque à vida. Vamos permanecer vigilantes, juntas e juntos, em defesa da Educação Pública, em defesa da Saúde Pública, dos serviços públicos, em defesa da classe trabalhadora e do seu direito de viver com dignidade e pelo Fora Bolsonaro, Fora Mourão e todos os seus generais”, reforçou a presidenta do ANDES-SN.


“Estivemos na rua, em várias partes do país, mobilizados e mobilizadas com nossas seções sindicais, junto com as frentes e fóruns nos estados, construindo o 7 de setembro forte, nas ruas, na luta, na construção da unidade com a classe trabalhadora”, acrescentou.

Confira o álbum de fotos dos atos nos estados:


Rivânia ressaltou que os grupos que estão nas ruas a favor do governo, pedem o fechamento do Congresso, do STF e a volta da ditadura. “Nós estamos na rua em defesa da vida e em defesa dos nossos direitos”, concluiu.


Atos bolsonaristas

Em Brasília (DF), na noite anterior ao Grito das Excluídas e dos Excluídos, houve tumulto na Esplanada dos Ministérios causado por manifestantes bolsonaristas, que romperam as barreiras que limitavam o acesso à Esplanada em direção ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal. Segundo relatos divulgados em redes sociais e na imprensa, houve conivência da Polícia Militar do DF, que acabou liberando a entrada de pessoas, caminhões e outros veículos na área inicialmente bloqueada.


No dia seguinte, milhares de manifestantes ocuparam a Esplanada dos Ministérios com cartazes pedindo o fechamento do STF, do Congresso Nacional, a volta da Ditadura Militar e outras medidas antidemocráticas e anticonstitucionais. O presidente Jair Bolsonaro discursou para os manifestantes e, mais uma vez, em sua fala fez ameaças a ministros do STF e ao processo democrático. O mesmo se repetiu na avenida Paulista, em São Paulo, para onde o presidente se dirigiu para também discursar àqueles que “protestavam a favor” de seu governo.


Houve atos em várias outras cidades do país. No Rio de Janeiro, os apoiadores de Bolsonaro se reuniram em Copacabana. Entre os presentes, estava Fabrício Queiroz, investigado por ser o responsável por um esquema de “rachadinha”, a apropriação dos salários de assessores, em mandatos legislativos estadual e federal da família Bolsonaro.


Em diversas manifestações foram registrados casos de agressão verbal e física por apoiadores de Bolsonaro a trabalhadores e trabalhadoras da imprensa. Alguns precisaram se retirar do local com escolta policial.

Fonte: ANDES com acréscimo de informações ADUFOP

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