Docentes da Universidade Federal de Lavras (Ufla) deflagraram greve sanitária na quarta-feira (15) contra o retorno das atividades presenciais na instituição. A universidade publicou uma portaria que determinou a volta das servidoras e dos servidores docentes e técnico-administrativos ao trabalho presencial desde o dia 8 de setembro. A greve sanitária prevê que apenas o trabalho presencial seja suspenso, sem prejuízos para as atividades remotas. As atividades das e dos docentes continuam de forma virtual.
No início do mês (2), uma assembleia conjunta da Associação dos Docentes da Ufla (Adufla Seção Sindical do ANDES-SN) e das entidades representativas do corpo técnico-administrativo e discente da graduação e pós-graduação da universidade deliberou pela convocação de assembleias específicas para que cada uma das categorias pudesse debater a deflagração de greve contra a volta das atividades presenciais antes da comunidade acadêmica estar 100% imunizada contra a Covid-19.
“Não aceitaremos a tentativa nefasta da reitoria de forçar o retorno presencial às aulas, desrespeitando as recomendações da Ciência e desconsiderando a possibilidade latente de um novo surto de coronavírus na cidade de Lavras [MG]”, afirma a seção sindical em suas redes.
Mobilizações Nessa quinta (16), representantes da seção sindical do ANDES-SN e de outras entidades representativas da comunidade acadêmica participaram de uma audiência pública na Câmara Municipal para debater o retorno das atividades presenciais na Ufla. As entidades alertaram para os riscos do retorno presencial a população de Lavras e de cidades vizinhas.
Já na próxima segunda-feira (20/9), às 17h, a Adufla SSind. realiza uma mesa redonda com o tema "Volta às aulas durante a pandemia: quais são os riscos?". O evento terá a participação especial de um médico infectologista para sanar as dúvidas sobre a pandemia.
Fonte: ANDES-SN
*Imagem: Adufla SSind