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Docentes apontam modificação na rotina e falta de capacitação com Ensino Remoto


Desde o início da pandemia de Covid-19, as universidades, institutos federais e cefets adotaram o Ensino Remoto Emergencial (ERE) como alternativa às atividades presenciais, para dar continuidade ao calendário acadêmico. Além do estresse causado pela situação pandêmica, as e os docentes tiveram que lidar com a falta de estrutura apropriada, desconhecimento das tecnologias, dificuldade de acesso à internet, além de conciliar as rotinas de ensino com as tarefas domésticas e a convivência familiar.


O impacto dessas condições de trabalho na saúde da categoria bem como no desempenho das atividades acadêmicas e do aprendizado está sendo pesquisado e documentado pelas seções sindicais e pelas universidades.


Recentemente, a Associação de Docentes da Universidade Estadual de Santa Cruz (Adusc Seção Sindical do ANDES-SN), divulgou o estudo “Diagnóstico - TLE 2020 NA UESC”. De acordo com o levantamento, 71,8% dos e das docentes relataram modificação na rotina e ou dinâmica familiar em função do Trimestre Letivo Excepcional (TLE) 2020/2. Em relação a questões de saúde, 42,9% reportaram adoecimentos como problemas nos olhos, irritação entre outros; e 57,1% relataram casos de estresse.


Sobre o alcance da aprendizagem nos objetivos estabelecidos no planejamento, 58,8% dos professores e das professoras responderam que foram atingidos parcialmente, enquanto que 14,1% disseram que não foram alcançados. Confira aqui os dados do levantamento.


A Associação dos Docentes da Universidade Federal do Pará (Adufpa SSind. do ANDES-SN) também disponibilizou o resultado da pesquisa “Ensino Remoto Emergencial na Percepção dos Docentes da UFPA”. A consulta foi realizada no período de 03 a 22 de fevereiro de 2021, com professores da graduação, pós-graduação, educação básica, técnica e tecnológica-EBTT dos campi da Ufpa, nos municípios de Altamira, Ananindeua, Abaetetuba, Belém, Breves, Bragança, Castanhal, Capanema, Cametá.


Segundo o levantamento da Adufpa SSind., somente 12% dos entrevistados e das entrevistadas se sentem totalmente capacitados para o ERE, enquanto 66% se disseram parcialmente capacitados. De acordo com o estudo, "é compreensível a ausência de capacitação digital das(os) docentes, na Ufpa, pois em seu processo de formação inicial e continuada para o ensino superior, em universidades, não tiveram acesso a esse tipo de conteúdo; prestaram concurso ministrando aulas presenciais à banca examinadora e a utilização de apresentações digitais, no Brasil, começam a partir da década de 1990”. Acesse aqui o estudo.


O Grupo de Trabalho de Política Educacional (GTPE) da Seção Sindical do ANDES-SN na Universidade Estadual do Ceará (Sinduece SSind.) realizou um debate no seu canal do youtube, na qual foram apresentados os dados da Uece pela professora Sandra Gadelha, do Observatório do Ensino Remoto nas Universidades Estaduais do Ceará (ObservER). Confira aqui.


A Universidade Federal de Lavras (Ufla) também divulgou uma pesquisa com as e os docentes da universidade a respeito do Trabalho Remoto e Estudo Remoto Emergencial. “De todos os docentes que responderam, 95,9% estão dando aula de forma remota, sendo que na grande maioria os docentes acreditam que estão trabalhando de 25% a 50% a mais do que trabalham presencialmente, se sentindo sobrecarregados se comparado ao trabalho presencial. De modo geral, se destacaram alguns pontos principais acerca da percepção a respeito das condições gerais do trabalho remoto, que foram: a sobrecarga de trabalho durante o isolamento social e a falta ou falho apoio geral da UFLA”, aponta o levantamento. Leia aqui a pesquisa.


Não ao retorno presencial sem segurança Esses são alguns dos levantamentos realizados sobre as condições do trabalho docente durante a pandemia. E, embora a situação esteja longe do ideal, o retorno sem as condições sanitárias adequadas e a imunização em massa também é rejeitado pela categoria docente.


Para o ANDES-SN, “a ameaça da variante Delta se mostra cada vez mais concreta e, não obstante tudo isso, de forma temerária e irresponsável ainda se notam situações em que trabalhadores e trabalhadoras da educação são levado(a)s ao retorno de atividades presenciais, colocando em risco suas vidas, e de seus familiares, bem como intensificando potencialmente a disseminação da doença”.


Esse é o caso, por exemplo, da Ufla que, por meio da Portaria nº 787/2021 e de forma contrária a todas as expectativas da comunidade acadêmica, determinou o retorno integral das atividades técnicas e docentes para esta quarta-feira (8), com sinalização de uma retomada massiva - ainda que não integral - de estudantes até o final do mesmo mês.


“Com ciclos de vacinação ainda incompletos ao conjunto de servidores e servidoras da universidade, a medida coloca em risco não só a comunidade universitária como toda a cidade de Lavras-MG”, alerta a diretoria do ANDES-SN em nota de repúdio divulgada na segunda-feira (6). Leia aqui na íntegra.Desde o início da pandemia de Covid-19, as universidades, institutos federais e cefets adotaram o Ensino Remoto Emergencial (ERE) como alternativa às atividades presenciais, para dar continuidade ao calendário acadêmico. Além do estresse causado pela situação pandêmica, as e os docentes tiveram que lidar com a falta de estrutura apropriada, desconhecimento das tecnologias, dificuldade de acesso à internet, além de conciliar as rotinas de ensino com as tarefas domésticas e a convivência familiar.


O impacto dessas condições de trabalho na saúde da categoria bem como no desempenho das atividades acadêmicas e do aprendizado está sendo pesquisado e documentado pelas seções sindicais e pelas universidades.


Recentemente, a Associação de Docentes da Universidade Estadual de Santa Cruz (Adusc Seção Sindical do ANDES-SN), divulgou o estudo “Diagnóstico - TLE 2020 NA UESC”. De acordo com o levantamento, 71,8% dos e das docentes relataram modificação na rotina e ou dinâmica familiar em função do Trimestre Letivo Excepcional (TLE) 2020/2. Em relação a questões de saúde, 42,9% reportaram adoecimentos como problemas nos olhos, irritação entre outros; e 57,1% relataram casos de estresse.


Sobre o alcance da aprendizagem nos objetivos estabelecidos no planejamento, 58,8% dos professores e das professoras responderam que foram atingidos parcialmente, enquanto que 14,1% disseram que não foram alcançados. Confira aqui os dados do levantamento.


A Associação dos Docentes da Universidade Federal do Pará (Adufpa SSind. do ANDES-SN) também disponibilizou o resultado da pesquisa “Ensino Remoto Emergencial na Percepção dos Docentes da UFPA”. A consulta foi realizada no período de 03 a 22 de fevereiro de 2021, com professores da graduação, pós-graduação, educação básica, técnica e tecnológica-EBTT dos campi da Ufpa, nos municípios de Altamira, Ananindeua, Abaetetuba, Belém, Breves, Bragança, Castanhal, Capanema, Cametá.


Segundo o levantamento da Adufpa SSind., somente 12% dos entrevistados e das entrevistadas se sentem totalmente capacitados para o ERE, enquanto 66% se disseram parcialmente capacitados. De acordo com o estudo, "é compreensível a ausência de capacitação digital das(os) docentes, na Ufpa, pois em seu processo de formação inicial e continuada para o ensino superior, em universidades, não tiveram acesso a esse tipo de conteúdo; prestaram concurso ministrando aulas presenciais à banca examinadora e a utilização de apresentações digitais, no Brasil, começam a partir da década de 1990”. Acesse aqui o estudo.


O Grupo de Trabalho de Política Educacional (GTPE) da Seção Sindical do ANDES-SN na Universidade Estadual do Ceará (Sinduece SSind.) realizou um debate no seu canal do youtube, na qual foram apresentados os dados da Uece pela professora Sandra Gadelha, do Observatório do Ensino Remoto nas Universidades Estaduais do Ceará (ObservER). Confira aqui.


A Universidade Federal de Lavras (Ufla) também divulgou uma pesquisa com as e os docentes da universidade a respeito do Trabalho Remoto e Estudo Remoto Emergencial. “De todos os docentes que responderam, 95,9% estão dando aula de forma remota, sendo que na grande maioria os docentes acreditam que estão trabalhando de 25% a 50% a mais do que trabalham presencialmente, se sentindo sobrecarregados se comparado ao trabalho presencial. De modo geral, se destacaram alguns pontos principais acerca da percepção a respeito das condições gerais do trabalho remoto, que foram: a sobrecarga de trabalho durante o isolamento social e a falta ou falho apoio geral da UFLA”, aponta o levantamento. Leia aqui a pesquisa.


Não ao retorno presencial sem segurança Esses são alguns dos levantamentos realizados sobre as condições do trabalho docente durante a pandemia. E, embora a situação esteja longe do ideal, o retorno sem as condições sanitárias adequadas e a imunização em massa também é rejeitado pela categoria docente.


Para o ANDES-SN, “a ameaça da variante Delta se mostra cada vez mais concreta e, não obstante tudo isso, de forma temerária e irresponsável ainda se notam situações em que trabalhadores e trabalhadoras da educação são levado(a)s ao retorno de atividades presenciais, colocando em risco suas vidas, e de seus familiares, bem como intensificando potencialmente a disseminação da doença”.


Esse é o caso, por exemplo, da Ufla que, por meio da Portaria nº 787/2021 e de forma contrária a todas as expectativas da comunidade acadêmica, determinou o retorno integral das atividades técnicas e docentes para esta quarta-feira (8), com sinalização de uma retomada massiva - ainda que não integral - de estudantes até o final do mesmo mês.


“Com ciclos de vacinação ainda incompletos ao conjunto de servidores e servidoras da universidade, a medida coloca em risco não só a comunidade universitária como toda a cidade de Lavras-MG”, alerta a diretoria do ANDES-SN em nota de repúdio divulgada na segunda-feira (6). Leia aqui na íntegra.


Fonte: ANDES-SN

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