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Convite à leitura do Informativo Edição Especial Pandemia

Prezadas e prezados docentes, a ADUFOP convida todas e todos para o diálogo e reflexão a partir das reportagens e textos apresentados neste informativo “Edição Especial Pandemia, vol. I”. Nas linhas que seguem serão explicitadas ações e reflexões realizadas neste excepcional e dramático momento em que vivemos, uma pandemia que assola o mundo e muito fortemente o nosso país, e um momento histórico em que os ataques à educação Pública e à universidade se intensificam a cada dia.


Neste início do século XXI, a crise do capital ganha ampliados contornos e conforma um conjunto de ataques à classe trabalhadora. O descaso em relação à vida humana neste período de pandemia, em que a premissa de salvar a economia e os lucros se põe como máxima em detrimento de salvar vidas, é um exemplo dessa posição assumida pelos expoentes do capital e por governos alinhados e subordinados a estes interesses.


O desemprego, a fome, a pobreza, a miséria, a retirada de direitos historicamente conquistados pelo conjunto da população brasileira, os ataques ao funcionalismo público são ofensivas do capital sobre a classe trabalhadora e ganham expressivos índices, o que reafirma a necessidade de fazer frente a esta situação que nos é imposta.


Nesse sentido, em relação a educação pública e a universidade o tempo presente exige respostas no sentido de não permitir o seu completo desmonte enquanto direito social garantido na Constituição Federal de 1988. O “Future-se” apresentado como projeto de lei pelo Governo Bolsonaro ao Congresso Nacional é a expressão dessa tentativa de sucateamento e de modificação do que temos atualmente enquanto estruturas de educação e universidades públicas. Se aprovado, o que temos hoje nestes âmbitos será modificado, piorado, será colocado ainda mais a serviço do capital e distanciará brasileiras e brasileiros do acesso ao ensino superior público.


Além deste ataque organizado de modo estrutural, é preciso mencionar que outras formas de desmonte do ensino superior público estão em curso, tal como a tentativa de modificação do ensino presencial em ensino remoto em tempo de pandemia. Essa tentativa, indicada pelo MEC, tem explícito caráter de desmonte da universidade uma vez que piora as condições de trabalho dos e das docentes, dos e das técnico-administrativos. Não se coloca de modo responsável, inclusivo e democrático como é buscado apresentar a proposta, pelo contrário, se configura como uma forma excludente, elitista e precarizada de ofertar o ensino superior público. Precisamos reagir e nos posicionar contrariamente a estas propostas pois elas compõem uma ampla ofensiva sobre o funcionalismo público e sobre a educação e universidade públicas.


Em um contexto tão adverso, a realidade exige respostas, posicionamentos, enfrentamentos e resistência. Mais do que nunca se reivindica a organização sindical como mecanismo fundamental nesta empreitada de lutas. A articulação entre os diferentes sujeitos coletivos é urgente, necessária e determinante dos caminhos que os enfrentamentos assumem.


A defesa da classe trabalhadora, da categoria docente e da universidade pública tem sido as bandeiras assumidas e defendidas pela ADUFOP. Tais ações se fazem em diálogo e reflexão com demais entidades sindicais e movimentos sociais que atuam na região. Precisamos potencializar as resistências e os enfrentamentos.


Nesse sentido, fica o convite à leitura e reflexão do que será apresentado a seguir.

Boa leitura!




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