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Considerações da ADUFOP para as chapas que concorrerão à reitoria da UFOP em 2024



A ADUFOP, associação sindical que representa os docentes da UFOP, é uma das organizadoras da consulta pública de escolha da nova administração central, que será escolhida neste ano de 2024, para os anos de 2025 a 2028. 


Contudo, como um sindicato classista, defensor da educação pública, gratuita e socialmente referenciada, acreditamos ser possível indicar uma série de posicionamentos e propostas que gostaríamos que uma administração central defendesse nas próximas gestões, conforme elencamos a seguir:


Posicionamentos: 

- Pela educação pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada; 

- Em defesa da recomposição e o aumento real do salário das/os docentes federais e dos demais servidores públicos;

- Em defesa da autonomia das entidades representativas dos trabalhadores e estudantes e diálogo democratico, no sentido de uma gestão que descentralize as decisões; 

- Pela defesa da liberdade de cátedra;  

- Pela previdência pública; 

- Pela saúde pública e universal; 

- Pela defesa da autonomia universitária, didática, científica e administrativa. 


A Universidade Pública Brasileira e os servidores públicos federais estão sofrendo uma grande pressão e estão em uma situação de extremo desconforto, fruto de uma política de sucateamento e privatização crescente. Este processo aprofundou-se com o governo protofascista de Jair Bolsonaro. Durante o terceiro governo de Lula, infelizmente, a mesma política econômica tem sido implementada, com a lógica da austeridade muito determinante, com a implementação do Novo Arcabouço Fiscal, os riscos de eliminação dos pisos constitucionais da saúde e da educação e rumores de cobrança de mensalidades nas universidades. A falta de investimento, com cortes orçamentários sucessivos, levam a Universidade aos seus limites, colocando docentes e TAEs em condições precárias de trabalho e estudantes sem ou com poucas condições de permanência. Assim, vemos o resultado que temos hoje: a comunidade acadêmica adoecida e a evasão como problema acadêmico impactante. contribuem com essa perspectiva a ausência de recomposição salarial dos servidores durante 7 anos e a recomposição insuficiente nos últimos 2, fato evidenciado pela recente greve da educação pública federal, onde TAEs e docentes conseguiram apenas recomposições parciais, mediante perdas calculadas e reivindicadas. Uma administração central terá que denunciar esses processos, assim como ser transparente e democrática diante dos limites e ataques impostos. 


Que se posicione de forma contrária: 

- À precarização e terceirização das relações e condições de trabalho e da carreira docente; 

- Ao congelamento do orçamento da UFOP;

- À privatização do espaço público e das pesquisas, materializadas em projetos como o “Future-se” e quaisquer outros que aprofundem a entrega do patrimônio público para empresas privadas; 

- Ao conservadorismo que vem se manifestando sobre o pensamento crítico e científico das universidades;

- Ao racismo, o machismo, o sexismo, o patriarcado, a misoginia, a homofobia e o capacitismo, no âmbito da universidade e fora dele.


Esperamos das chapas proponentes à Reitoria um plano de trabalho que envolva a escuta ativa da comunidade acadêmica, para além das instâncias organizativas e de representação da instituição, promovendo de fato o aprofundamento da democracia como processo enraizado e propiciando a efetiva construção de soluções pelas bases da comunidade acadêmica: estudantes, docentes e TAEs. 


Ainda, consideramos essencial a inclusão de políticas institucionais que enfrentem, de forma frontal, o racismo, o machismo, o sexismo, o patriarcado, a misoginia, a homofobia e o capacitismo.


Propostas: 

- Criar canais de comunicação, com transparência, sobre a distribuição orçamentária dos recursos da UFOP, com propostas de pressão sobre o governo federal para a recomposição orçamentária necessária; 

- Construir canais de pressão no MEC e demais instâncias do governo federal para que se supra a falta de docentes e técnico-administrativos; 

- Construção de políticas de organização do trabalho de forma a minimizar o excesso de demandas administrativas atualmente identificadas para os docentes, o que esbarra nas atividades de ensino, pesquisa e extensão; 

- Abertura de canais de discussão democrática sobre os processos que interferem diretamente na vida laboral docente; 

- Desenvolvimento de políticas que aumentem a condição de presencialidade na UFOP, desde atividades acadêmicas e administrativas, até atividades culturais e esportivas; 

- Criação de ações concretas de atendimento acerca da saúde mental da comunidade acadêmica da UFOP;

- Construção de um Protocolo de combate ao assédio na UFOP; 

- Ampliação do valor das bolsas acadêmicas de ensino para os discentes da graduação, com o valor mínimo de 700 reais, sem distinção de valores entre extensão e pesquisa; 

- Redução do valor do Restaurante Universitário, para um valor acessível e próximo dos menores valores que muitas Ifes já praticam; 

- Implantação, como critério único, as condições socioeconômicas para a seleção dos discentes para as Repúblicas Federais; 

- Melhoria das condições laborais dos docentes e técnicos, de acordo com as demandas identificadas por cada departamento.


A Diretoria da ADUFOP está aberta para reuniões com as chapas.


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