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Com chamado à luta e à unidade, termina o 66º Conad em Campina Grande (PB)

Atualizado: 21 de jul. de 2023


“Toda vez que um justo grita, um carrasco vem calar. Quem não presta fica vivo, quem é bom, mandam matar”


Com os versos de Cecília Meirelles, o presidente do ANDES-SN, Gustavo Seferian começou sua fala de encerramento do 66º Conad, que deu posse à diretoria que estará à frente do Sindicato Nacional nos próximos dois anos.

Depois de três dias de muitos debates, deliberações que atualizaram os planos de lutas e aprovaram as contas do ANDES-SN, o encontro deliberativo chegou ao fim, na noite deste domingo (16). Realizado na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), pela seção sindical Adufcg SSind, o Conad reuniu mais de 300 docentes de todo o país.


Antônio Lisboa, presidente da Adufcg SSind, agradeceu a presença de todas e todos, o empenho das comissões de organização e o trabalho de todas e todos que ajudaram na realização do 66º Conad. “Acreditamos que os nossos eventos devam ser espaços em que a gente se sinta acolhido, valorizado e com o mínimo de dignidade para desenvolver nossas atividades. Nesse sentido, espero que todos e todas tenham se sentido bem e tenham aproveitado o máximo possível, politicamente, culturalmente e solidariamente, na convivência entre nós”, afirmou.


Durante a plenária de Encerramento, foram aprovadas diversas moções que expressam repúdio às posturas conservadoras e misóginas de parlamentares municipais, estaduais e federais da extrema direita, aos ataques à educação pública, à liberdade de cátedra e às trabalhadoras e trabalhadores da Educação. Também manifestaram apoio às vítimas desses ataques, entre os quais, alguns e algumas docentes da base do ANDES-SN.


Combate ao Assédio Representante da Comissão de Enfrentamento ao Assédio no 66º Conad, Caroline Lima, também 1ª secretária do ANDES-SN, comunicou que não houve qualquer denúncia registrada. Ela creditou o resultado ao empenho do Sindicato e de toda a categoria em fazer o enfrentamento coletivo às práticas assediosas nos espaços da entidade.


Carta de Campina Grande Francieli Rebelatto, secretária-geral do ANDES-SN, fez a leitura da Carta de Campina Grande, documento que sintetiza os debates e as resoluções dos três dias de evento. “Nesta terra, a mulher camponesa e sindicalista Margarida Maria Alves, brutalmente assassinada pelos latifundiários paraibanos, em um dos seus discursos para trabalhadores (as) do campo, nos lembrou com firmeza: ‘É melhor morrer na luta do que morrer de fome’”, resgatou a diretora, acrescentando que as deliberações do 66º Conad foram orientadas por esta memória e sentido de luta.


“Sejamos todas, todes e todos conscientes da nossa tarefa histórica de lapidar e seguir construindo nosso instrumento de luta para que ele esteja afinado com nossos anseios imediatos e históricos da nossa classe e que com isso tocar a melhor música no dia da nossa vitória”, concluiu Francieli, na leitura da Carta.

Construção da unidade Ao encerrar o 66º Conad, Gustavo Seferian fez um chamado à unidade e ao respeito às diferenças internas. "[Vamos] ouvir cada um e cada uma vocês nos coloca esse dever imperioso, sem perder de conta os nossos princípios mais radicais”, disse o presidente do Sindicato Nacional.


“Nós, certamente, assumiremos isso de corpo e alma no próximo período, para que tenhamos todas e todos vocês cada vez mais próximos e próximas Sindicato Nacional. Mas não só quem está aqui. O conjunto dos sindicalizados e sindicalizadas e além. Queremos mais. Queremos que aqueles e aquelas que se desgarram do ANDES-SN retornem, para ontem, às bases do ANDES-SN”, acrescentou. “O Sindicato ainda é o nosso lugar e a gente tem esse dever”, concluiu Seferian, declarando encerrado o 66º Conad.


Fonte: ANDES-SN com alterações ADUFOP

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