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Campanha pela revogação do Novo Ensino Médio ganha as ruas do país

Nessa terça-feira (27), Dia Nacional de Luta pela Revogação do Novo Ensino Médio e da Base Nacional de Formação de Professores, a luta em defesa da Educação Pública ganhou as ruas do país. Uma campanha de outdoors, faixas, atos de rua, panfletagens e debates denunciaram os ataques à educação pública, contidos na contrarreforma do Ensino Médio, promovida nos últimos anos.


Em Manaus (AM), a Frente Contra o Novo Ensino Médio de Manaus realizou ato em frente à secretaria de Educação, com a presença de docentes e estudantes universitários e secundaristas. Em Porto Velho (RO), entidades docentes e estudantis se uniram na realização de um ato na Praça Aluísio Ferreira, pela imediata Revogação do Novo Ensino Médio.



Já em Fortaleza, uma frente de mobilização composta por diferentes entidades, lançou o Comitê Cearense pela Revogação do Novo Ensino Médio (NEM), com plenária na Praça da Gentilândia, na capital cearense. A iniciativa faz parte da articulação nacional pela revogação da proposta aprovada em 2017 no governo de Michel Temer e implantada em 2022 pelo governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro.


A reforma do Ensino Médio ampliou o cenário de sobrecarga e precarização da formação de estudantes, inclusive com a retirada de disciplinas como filosofia e sociologia da grade curricular do ensino médio, ameaçando também o pensamento crítico. O comitê cearense, assim como os demais de outros estados, deve definir estratégias de enfrentamento ao NEM, para pressionar o Ministério da Educação (MEC) pela revogação imediata da medida, e não apenas suspensão, como anunciado pelo órgão.

Em Minas Gerais, faixas da campanha pela revogação do Novo Ensino Médio foram espalhadas em diversas cidades como Contagem, Nova Suíça, Nova Gameleira, Curvelo, Araxá, Leopoldina e na capital Belo Horizonte, onde docentes e estudantes realizaram um ato em frente ao Cefet de Minas Gerais.


Em Curitiba (PR), outdoors da campanha foram espalhados pela cidade e em Maringá (PR), a comunidade acadêmica da Universidade Estadual (UEM) realizou um ato em praça pública.


Já no Rio Grande do Sul, as seções sindicais do ANDES-SN estão promovendo uma campanha unificada pela revogação do Novo Ensino Médio, sob a coordenação da Regional RS do ANDES-SN, com materiais de denúncia ao NEM.


E dentre as estratégias desenvolvidas está a colocação de outdoors em algumas localidades próximas a universidades e institutos federais e a distribuição de materiais em locais públicos, como feiras, praças e mercados.

Na avaliação de Neila de Souza, 1ª vice-presidenta da Regional Planalto do ANDES-SN e da coordenação do Grupo de Trabalho de Política Educacional (GTPE), o Novo Ensino Médio representa o atraso. "Nós temos discutido essa nefasta contrarreforma na perspectiva, sobretudo, dos estudantes que sabem dos prejuízos para a própria vida. Essa contrarreforma é um atraso sob todos os aspectos da formação dos estudantes secundaristas. Esses itinerários formativos - as trilhas - afrontam a classe trabalhadora quando retiram todas as possibilidades dos e das estudantes se contraporem a essa sociedade do capital". E completa, incisiva: " A mentira está em dizer que os conteúdos agora preparam para a vida a partir das possibilidades que os alunos terão, a partir das escolhas que farão. Não é escolha. O que há é colocar o jovem brasileiro sem condição de desenvolver o senso crítico em relação a uma educação que desumaniza".


Superlive No domingo (25), antecedendo o dia de luta, diversos Comitês pela Revogação do Novo Ensino Médio espalhados pelo Brasil organizaram um debate ao vivo, pela internet, e com a participação de representantes dos Comitês e também de entidades nacionais como ANDES-SN, Ubes, Fasubra, Sinasefe, Fenet, Executiva de Estudantes de Pedagogia, Observatório do Ensino Médio, Frente Nacional pela Revogação da BNC-FP e do deputado Glauber Braga (Psol/RJ), propositor do abaixo-assinado pela Revogação do NEM.


Na live foi apresentada a proposta de realização de um calendário de atividades nos estados durante o mês de julho, para dialogar com a população sobre os prejuízos que o NEM traz à formação de crianças e jovens da classe trabalhadora, e a realização de um grande ato em Brasília, no início de agosto.


Assista clicando no link abaixo:


Fonte: ANDES-SN


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