21 de abril, dia o qual todos os anos dedicamos a evocar Tiradentes e rememorar a Inconfidência Mineira. Parece que se faz necessário mais do que nunca relembrar e refletir sobre esse evento histórico, exemplo de uma consciência política em favor da liberdade e da luta contra a opressão e o autoritarismo. Nós, brasileiros, somos legatários do sangue derramado de muita gente em busca de liberdade, uma liberdade que custou tão caro. É deplorável quando nos deparamos com pessoas e grupos dispostos a colocar em risco essa liberdade tão almejada desde muito tempo no Brasil a troco de poder e um falso moralismo. Na bandeira de Minas Gerais, tão significante, confeccionada pelos inconfidentes, suas palavras “liberdade ainda que tardia” nos comove à busca pela liberdade acima de tudo, ainda que ela tarda, ainda que seja árdua sua busca.
Neste momento, é inconcebível que, mais uma vez, o presidente da república Jair Bolsonaro, além de desrespeitar as recomendações de isolamento social, participe e encoraje atos que incentivem a ruptura institucional, clamem por um novo AI-5 (em referência ao ato institucional que marcou o período mais duro da Ditadura Militar, editado em 1968) e peçam o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal.
A ADUFOP manifesta-se a favor da manutenção dos direitos conquistados na Constituição Cidadã, CF88, e a favor das instituições democráticas. No dia de recordarmos a difícil tarefa dos inconfidentes pela manutenção da liberdade, é necessário assumirmos com firmeza a campanha pelo fim deste governo déspota e genocida, dominado por uma subinstituição denominada 'gabinete do ódio'.