ADUFOP realiza debate sobre a posição do ANDES-SN na eleição, as lutas e sobre a CSP-Conlutas

ADUFOP realiza debate sobre a posição do ANDES-SN na eleição presidencial, a necessidade de luta e sobre a atuação da CSP Conlutas

No dia 11 de outubro, a Diretoria da ADUFOP realizou debate sobre a conjuntura política, a posição do ANDES-SN na eleição presidencial; sobre os cortes na educação e a necessidade de luta; reflexões sobre a organização político-sindical do ANDES-SN: avaliação sobre a CSP Conlutas. A atividade aconteceu no auditório do bloco de salas de aulas, no Campus Morro do Cruzeiro, em Ouro Preto. O debate contou com a participação do Professor Milton Pinheiro, atual vice-presidente do ANDES-SN.
 

Foi uma discussão importante para a base sobre a atual conjuntura política, a luta do ANDES-SN para derrotar Bolsonaro nas ruas e nas urnas e sobre a atuação da CSP Conlutas, central sindical à qual o ANDES-SN é filiado desde 2011.

A reflexão sobre a “CSP-Conlutas: balanço sobre atuação nos últimos dez anos, sua relevância na luta de classes e a permanência ou desfiliação da Central” é o tema central do 14º Conad Extraordinário do ANDES-SN, que será realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Universidade de Brasília (UnB), e é uma resolução aprovada no 40º Congresso do Sindicato Nacional, ocorrido em março deste ano.
 

A professora Kathiuça Bertollo, presidente da ADUFOP, iniciou o debate demarcando a posição da Diretoria do ANDES-SN que, no dia 05 de outubro, divulgou uma nota direcionada à categoria docente, na qual conclama os/as professores/as a “votar em Lula para derrotar Bolsonaro nas ruas e nas urnas!”. Resgatou também que, no dia 30 de setembro, o Governo Federal, através do Decreto 11.216/2022, anunciou mais um contingenciamento de verbas da educação e, na semana seguinte, após ampla mobilização e denúncias nas redes sociais, nas ruas e nas universidades públicas de todo o país, o MEC recuou e indicou o desbloqueio de orçamento para as universidades, o que ainda não ocorreu.
 

Sobre a atual conjuntura, o professor Milton salientou que é a situação brasileira é de conhecimento do conjunto da categoria docente, um quadro de esgarçamento social, o desemprego e processo de desalento são muito grandes nesse momento, as formas de regulação dos empregos estão estraçalhadas pelo governo federal, não existe política de proteção ao trabalho. Ele também destacou que as políticas de proteção social foram muito atacadas. “Nesse sentido, ao final do resultado do 1º turno, isso nos levou a realizar uma reunião nacional de urgência da Direção do Sindicato, onde nós nos posicionamos em defesa da candidatura do Lula, numa de forma de conter o neofascismo, conter a destruição dos serviços públicos, defender as liberdades democráticas e lutas contra a barbárie”, ressaltou o vice-presidente do ANDES-SN em relação à posição do Sindicato no 2º turno da eleição. “Mesmo com a derrota de Bolsonaro, o bolsonarismo não foi derrotado, precisamos de para além de derrotar Bolsonaro nas ruas e nas urnas, termos um acúmulo de forças para enfrentá-los nas ruas no próximo período", destacou.

Em relação aos cortes orçamentários na educação, Milton pontuou que “sabemos perfeitamente o que vai acontecer na estrutura das universidades, no seu tripé de funcionamento, da pesquisa, da extensão, do ensino, dos entraves administrativos que as universidades vão sofrer para funcionar, além das questões mais corriqueiras da vida cotidiana, pagamento de energia, pagamento da água, em especial atender a imensa e importante demanda da assistência estudantil”. Além disso, destacou que não nos cabe acreditar na palavra do Ministro da Educação, que está suspenso esse movimento de contingenciamento, até porque deram um passo atrás, mas do ponto legal, não foi revogado.

Milton reforçou que estamos em processo constante de mobilização. A PEC 32, da Reforma Administrativa, também foi tema da explanação do professor. E evidenciou a importância das 16 semanas de manifestações contra a PEC, na qual o ANDES-SN esteve presente durante o ano passado.

Sobre a atuação da CSP-Conlutas nos últimos dez anos, Milton Pinheiro externou uma decisão da Diretoria do Sindicato Nacional. “O Conad vai discutir se o ANDES-SN continua filiado ou se desfilia da Central Sindical, vai definir o que será levado ao Congresso”, salientou. Ele destacou que foram realizadas diversas reuniões entre a Diretoria do Sindicato e as regionais e foi aprovado um documento de desfiliação que será levado ao Conad. No documento consta um balanço histórico do projeto da CSP-Conlutas, no qual apresenta diversos equívocos na condução da Central Sindical, que, de acordo com Milton, isola um conjunto importante de outros movimentos e entidades por estarem dentro da CSP-Conlutas. A forma de representação, pela hegemonia da força principal dentro da central, também foi outro ponto colocado. Erros políticos, como a conduta da central diante do impeachment da Presidente Dilma Rousseff, com a adesão ao “Fora Dilma, Fora todos” e a posição internacional também foram apresentados pelo professor.
 

A presidente da ADUFOP ressaltou, sobre a questão recorrente dos cortes na educação, que a entidade historicamente solicita dados orçamentários à Reitoria e que as respostas traduzem a realidade do desmonte, como os dados apresentados no 25 de agosto na assembleia conjunta com o ASSUFOP. Também evidenciou que o cenário eleitoral das três cidades onde a ADUFOP possui base de atuação foi favorável à candidatura de Lula em detrimento à de Bolsonaro. Evidenciou o caráter protagônico das lutas de diferentes entidades e ressaltou que a ADUFOP tem acompanhado e contribuído com este movimento conforme orientações recebidas do ANDES-SN. Após as falas iniciais, as/os docentes presentes fizeram levantamentos e questionamentos acerca dos diversos pontos colocados pelo professor Milton.

Kathiuça Bertollo aproveitou o debate para convocar e ressaltar a importância da participação dos/as docentes todos/as docentes na próxima Assembleia Geral ADUFOP, no dia 20 de outubro, no auditório do DEGEO, às 17h, com transmissão para o local de trabalho, no ICEA, em João Monlevade, na sala A319. A pauta será Informes; Posição do ANDES-SN sobre o 2º turno da eleição presidencial; Eleição do/a delegado/a observadores/as para o 14º Conad Extraordinário do ANDES-SN, nos dias 12 e 13 de novembro, na Universidade de Brasília (UnB); CSP-Conlutas: balanço sobre atuação nos últimos dez anos, sua relevância na luta de classes e a permanência ou desfiliação da Central; Encaminhamentos.

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